Promotor
Câmara Municipal de Évora
Sinopse
Num gigantesco país como a Índia, onde uma panóplia ilimitada de culturas se mistura com centenas de tradições musicais, estilos de dança, expressões corporais e teatro nas suas múltiplas formas, não é de estranhar que algumas dessas formas de arte ainda permaneçam desconhecidas fora daquele país vibrante. No entanto, esta tradicional dança teatral Indiana saiu do anonimato em 2010, quando a UNESCO a decretou Património Imaterial da Humanidade. O estilo de dança Chhau, originário dos estados de Odisha, Jharkhand e West Bengal, combina danças tribais e marcias numa intensa representação de cor e movimento. As danças Chhau podem ser divididas em três tradições regionais que diferem significativamente no que concerne a sua prática: o tradicional Seraikella Chhau, a animada Purlieu Chhau e o menos conhecido Mayurbanj Chhau. As máscaras coloridas usadas pelos dançarinos atores são meticulosamente elaboradas, feitas de papel machê e argila, apresentando ao público uma variedade de personagens como deuses, figuras mitológicas, demónios, humanos, animais e corpos celestes como o sol ou a lua. Contrastando com os outros dois estilos, Seraikella Chhau é dança na sua forma mais pura; não existe diálogo entre os intérpretes e em vez de seguir um enredo linear, parece muitas vezes esforçar-se apenas por transmitir através da dança uma determinada sensação, ideia ou sentimento. Das três variedades, é sem dúvida a mais subtil e aprimorada. Figuras mitológicas e homens comuns surgem retratados na sua rotina diária; cenas de batalhas épicas em temas centrais de poemas de amor são aqui reveladas; aspetos do mundo natural e abstratas expressões do pensamento humano são-nos oferecidos de forma aprimorada. Mayur é a dança solitária de um pavão; Nabik dá-nos a conhecer um casal a navegar num rio, remando em conjunto nesse fluxo ondulante que é a vida; o poético Ratri dá-nos a conhecer uma lua dançarina que se entretém a rodopiar numa noite serena e ao mesmo tempo terrível. Os sons que acompanham as representações artísticas são antigos como os sentimentos e sensações que os dançarinos pretendem fazer passar. Os ritmos melódicos usados na música clássica Indiana fundem-se com sons populares e folclóricos.
Ficha Artística
COREOGRAFIA: Pandit Gopal Prasad Dubey (Padmashri)
DANÇARINOS: Basa Pradeep Kumar, Kabi Sumant, Pathal Parash Nath, Kabi Chandan, Hembrom Geetanjali, Desai Anjali
Informações Adicionais
ORGANIZAÇÃO: Câmara Municipal de Évora
PRODUÇÃO: Embaixada da Índia